Eu faria parte disso?
Os meus sentimentos são tão contrários, não me deixam ser íntegro. Sou como uma peça que não encaixa no quebra-cabeça. Por mais que eu queira, por mais que eu tente, não me encaixo e não me completo. Sou frio, sou inconstante, mas queria renunciar a tudo isso. Admiro o amor, mas não consigo amar. Ele é onipotente e onipresente, entretanto, sinto que está um pouco longe de mim.
Tento, penso, insisto, mas seria um sentimento meu?
Eu, Fábio, me sinto como o José de Carlos Drummond de Andrade. Um homem triste e que reflete sobre tudo, mas que a esperança ainda habita-o; por mais que a festa tenha acabado e todo mundo tenha ido embora, continuarei seguindo.
Estou tentando colocar a reciprocidade em tudo que tenho feito, quero o sentimento mútuo, estou desgastado de todo o sofrimento da primeira parte. As atitudes, os sentimentos, os pensamentos, não partirão mais de mim. Renuncio e abdico a tudo isso. Eu não faço mais parte de tais coisas. O sentir de um pequeno garoto, talvez é algo que está se tornando irrelevante e já deixou de ser prioridade. A única comoção que está em mim é a gratidão, sou grato a tudo que sou e a tudo que tenho, pois assim, me torno uma onda que derruba tudo que vem à frente, daqui alguns anos um dilúvio, mas agora sou uma maré baixa.
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