sábado, 13 de julho de 2019

O banho à luz de vela

   Hoje eu tomei um banho à luz de vela, pois tanta coisa tem acontecido na minha vida, que eu precisei deixar a água cair no meu ombro para eu tentar colocar em ordem todos os meus pensamentos. Olha... eu nem sei por onde começar. Faz meses que eu não venho na minha casa (aqui) falar o que eu tenho sentido.
   Ano passado eu surtei: cobranças, capitalismo, vontade de ascender socialmente. Fui atrás de terapia e, graças a Deus, posso dizer que agora estou bem. Em agosto faz um ano que estou me tratando mentalmente e eu estou muito feliz por isso. Mesmo assim, algumas coisas saíram de ordem: os meus sentimentos e a minha vida amorosa tiveram altos e baixos. Nesse meio tempo que parei de postar aqui, eu gostei de dois garotos (obviamente não irei citá-los k k k k k k). O primeiro eu conheci num dia.  No outro, ele foi embora. O segundo garoto foi alguém que eu mantive contato por anos, mas éramos tão iguais que nenhum deu o braço a torcer - como sempre, eu fui embora, pois não sou daqueles que insistem em algo. 
    Eu confesso que cansei de foder por foder. Contudo, não coopero comigo mesmo para que eu mude essa situação. Como eu disse esta semana para minha psicóloga: acho que vai demorar um tempo novamente para que eu me relacione com alguém. São tantas coisas que ainda preciso colocar em ordem. Ela disse que eu dei um grande passo e algumas coisas estão mudando, será? De qualquer forma, fico feliz por isso.
   Além dessa confusão na minha vida amorosa, eu não estava sabendo lidar com a minha vida acadêmica: mudo de curso ou não? será se terei emprego? Depois de alguns meses de terapia, felizmente encontrei todas as respostas para aquelas perguntas: eu decidi ficar e eu sei que, de alguma forma, vou sair dessa situação (frases clichês demais para serem inseridas aqui). Para um garoto como eu, eu sinto que já cheguei bem longe: praticamente sou trilíngue, graduando em uma federal e outras atividades complementares no currículo. Confesso que essa parte profissional e acadêmica são as coisas que mais me preocupam no momento, porque eu quero voar e, pra isso, eu preciso sair de casa. Eu quero mostrar pra todos - sobretudo os meus pais - que eu fui embora (como eu sempre disse que ia, desde a infância). 
   A vida adulta chegou e eu me sinto numa transição. É estranho tudo isso que tá acontecendo, mas registro tudo aqui para que eu jamais me esqueça de todos os detalhes.






   Eu sei que vou aprender a lidar melhor com os meus sentimentos e mais do que isso: eu vou voar pra longe um dia.

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